sexta-feira, 24 de abril de 2009


Oie galera tudo bem com vocês? espero que sim, espero também que vocês estejam gostando desse blog, eu quase não estou entrando aqui porque eu não estou tendo tempo, mais sempre quando dar eu dou uma passada aqui, bom dessa vez eu vou voltar e pretendo atualizar todos os dias \õ. não quero colocar só coisas de bandas de rock não, vou colocar noticias e outras bandas independentes que todo mundo gosta e tals,. e também vou estar falando de bandas internacionais, apesar que esse blog foi feito para os nacionais por causa que o trabalho da escola era sobre o rock nacional então por favor não me chinguem por causa das postagem okays?!
é isso ae pessoal se alguém quizer da palpite e taals é so falar comigo ow com alguem aqui okay? qualquer coisa me mande comentario ok? é isso ae pessoal, Desejo a todos um ótimo Fim de semana! bjinhus ;*

Bíãh

Priscilla Leone (Pitty) nasceu no dia 07 de outubro na cidade de Salvador na Bahia. Filha do comerciante Luiz e da dona de casa Tina, desde cedo se interessa pela música. Dos 10 aos 14 anos de idade mora em Porto Seguro, também no estado da Bahia e é la que aos 12 anos, logo após assistir a um show, que começa a paixão para valer. A partir daí, resolve montar uma banda. Em 1998, Pitty se junta com três amigas (Liz, Carol e Lulu) e forma a banda Shes onde assume a bateria. Para ela, foi um dos períodos mais divertidos de sua vida. Não chegam a gravar nenhum álbum. No entanto, fazem shows e chegam a fazer algumas fotos para divulgar seu trabalho.
Logo depois conhece Pedro (guitarrista do Inkoma) e faz uma pilha para se tornar a vocalista da banda que eles tanto procuravam. Como toda banda, ensaiam na garagem da casa do batera, tocam em festinhas, gravam demo. O negócio vinga e eles ficam 5 anos na estrada fazendo shows.
Um dos melhores momentos da banda é quando eles gravam uma faixa chamada “Não me Importo” para o CD Traído, um tributo aos Ratos de Porão que conta com a participação de 20 bandas. E finalmente em 2000, lançam o CD Influir que conta com músicas como Revolução Mental, HC e Salve Salvador.
Chegam a se apresentar no programa Musikaos da TV Cultura, apresentado por Gastão Moreira (ex-VJ da MTV). Mas nessa época, Pitty começa a querer seguir outro rumo. Com um bom material nas mãos, fruto de suas composições (muitas delas nascidas em seu quarto em Salvador), ela muda-se para o Rio de Janeiro onde conhece Rafael, produtor musical, também conhecido como batera do Baba Cósmica e por ter apresentado o Quiz MTV.

Começam os primeiros movimentos para gravar o álbum Admirável Chip Novo. Faltavam ainda um guitarrista e um baixista para a gravação, já que o baterista já era certo: Duda. É aí que Pitty convoca Dunga para o baixo e Peu para a guitarra. Aliás, Peu já havia tocado numa banda chamada Úteros em Fúria, cujo vocalista Émerson Boreu morreu no ano de 2004.

Já no estúdio, Pitty ainda conta com a colaboração do produtor musical Liminha, muito conhecido no meio. Ele já produziu grandes clássicos do rock nacional como Cabeça Dinossauro dos Titãs. Além disso, o cantor Paulinho Moska dá sua contribuição na faixa Temporal tocando violão.
Em seguida, juntamente com a banda, Pitty grava o primeiro clipe e a partir de então o sucesso vem à tona. Máscara torna-se um dos clipes mais pedidos de vários programas musicais nacionalmente conhecidos. Sem contar com a forte divulgação em rádios, pois a música também é muito pedida. Em suma, esse clipe tornou-se o seu cartão de visitas e a porta de entrada definitiva no cenário musical.
E os resultados logo começam a aparecer: já em 2003 Pitty é indicada a Revelação no VMB da MTV, mas o prêmio acaba nas mãos dos Detonautas. Depois disso, ela lança outro clipe chamado Admirável Chip Novo, música que dá nome ao CD e também torna-se um sucesso. Um fato curioso é que neste clipe, o guitarrista era outro. Ele se chama Luciano, já que Peu não pode permanecer no Rio de Janeiro, pois ele morava com a esposa e a filha em São Paulo.

Em outubro de 2003, Pitty lança o clipe de Teto de Vidro com a volta de Peu às guitarras (ela resolve morar em São Paulo) e o clipe encerra o ano como o mais pedido do programa Top 20 da MTV.

Depois do plantio, vem a colheita. E em 2004, ela é indicada como Revelação no Prêmio Multishow de Música Brasileira. Como a votação para indicação era pela Internet, houve uma forte campanha aqui no fã-clube para a inclusão de seu nome em uma das categorias.
Mas a campanha ficou mais acirrada depois da indicação, pois a votação para ganhar o prêmio também era pela Internet. Resultado: Pitty acaba ganhando o prêmio das mãos da apresentadora Hebe Camargo. Nitidamente emocionada, ela dedica o prêmio à banda e a nós que admiramos muito o seu trabalho.
Também em 2004, ela grava o quarto clipe do álbum ACN. Dessa vez a música Equalize é escolhida e curiosamente ela já era um sucesso nas rádios. O clipe rendeu quatro indicações ao VMB, sendo que uma delas a votação era pela Internet. Já o clipe Admirável Chip Novo concorreu na principal categoria chamada Escolha da Audiência.

A noite de 05 de outubro de 2004 vem a ser um marco em sua carreira. Depois de pouco tempo de exposição ao grande público, ficava difícil acreditar que ela levaria algum prêmio do VMB para casa. Entretanto, todos nós do fã-clube jamais deixamos de acreditar que fosse possível. E na categoria Melhor Clipe de Rock na qual concorriam bandas do calibre de Sepultura e O Rappa, Pitty leva a melhor e ganha o primeiro prêmio da noite com o clipe de Equalize.
Porém, o melhor ainda estava por vir. Na categoria Escolha da Audiência, a última e principal do VMB, em que concorrem aproximadamente 20 clipes, ela vence com o clipe de "Admirável Chip Novo" . Um momento indescritível, emocionante. E estas premiações foram fruto da opinião do público, pois estas categorias dependiam de votação pela Internet.
Já no final de 2004, ela ainda encontra tempo para gravar o quinto clipe do seu primeiro CD. A música escolhida foi " Semana Que Vem".


O ano de 2005 começa com mudanças na banda. Peu sai novamente para dar lugar a Martim (ex-Cascadura). Ele entra junto com a Pitty no estúdio para gravação do segundo CD chamado "Anacrônico. Ela repete a parceria com o produtor Rafael Ramos e lança um álbum com 13 canções inéditas.
Na edição do VMB desse mesmo ano, ela coleciona mais alguns prêmios. O primeiro foi o Ídolo MTV. Em seguida, Pitty conquista o prêmio de performance ao vivo junto com a banda Ira! e por fim, ganha na categoria Banda dos Sonhos onde é escolhida como vocalista.

No ano seguinte, Pitty dá prosseguimento a participação dos grandes festivais que acontecem de norte a sul do país. Ela participa novamente das edições do Planeta Atlântica no RS e no Festival de Salvador. Ainda marca presença na edição do Ceará Music. Além disso, é convidada para participar num festival internacional, o Rock In Rio in Lisboa onde ela divide o palco com grandes nomes do rock como Red Hot Chilli Peppers e Roger Waters.
Quanto aos clipes, ela despeja mais dois do ábum "Anacrônico". O primeiro foi "Memórias" que ganhou o prêmio de melhor clipe do Prêmio Multishow de Música Brasileira e o segundo é "Déjà Vú". Aliás, em termos de premiações, 2006 também foi um ano generoso com a Pitty. Depois de ganhar prêmios no Multishow e no canal Nickdleon, ela fatura vários outros no VMB. São eles: Melhor Clipe de Rock, Melhor Site, Banda dos Sonhos (de novo) e o principal da noite, a Escolha da Audiência. De fato, outra noite emocionante e inesquecível para todos nós.

Capital Inicial é uma banda de rock Brasileira formada em Brasília Distrito Federal no ano de 1982, depois que o grupo Aborto Elétrico encerrou as atividades, dando início também à banda Legião urbana. A banda é composta por Dinho ouro Preto(vocais e guitarra),Flávio Lemos (baixo), Fê Lemos (bateria) e Yves Passarel (guitarra).
Nos últimos anos sofreu grandes modificações em seu estilo, tendo como maior influência o rock inglês, como Sex Pistols, The clash, The damned,Ramones, siouxies & The Banshees.
O Capital Inicial surgiu em 1982 formado pelos irmãos Fê Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo)ex-integrantes do Aborto Elétrico, ao lado de Renato Russo e Loro jones (guitarra) oriundo da banda Blitz 64. Em 1983 Dinho Ouro Preto após um estágio como baixista da banda "dado e o reino animal" (assim mesmo, com letras minúsculas), onde também tocavam Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá,entra para os vocais.Em julho estréiam em Brasília, tocando em seguida em São Paulo e no Rio de Janeiro liás, esta foi uma das características marcantes do início da carreira: as constantes viagens e apresentações nos principais palcos do underground do rock Brasileiro.Em 1984 o ritmo cada vez maior de viagens indica a necessidade de estarem mais próximos do seu principal mercado, as regiões Sudeste e sul No final do ano assinam seu primeiro contrato fonográfico, com CBS (atual sony) e se mudam para São Paulo no inicio de 1985 .Logo em seguida lançam seu primeiro registro em vinil o compacto duplo 'Descendo o rio nillo /Leve desespero 'Ainda neste ano integram o elenco da trilha sonora do primeiro "filme-rock" brasileiro, "Areias Escaldantes", de Francisco de Paula ao lado de ultraje a Rigor , titãs,lobão,e os Robaldos ,Ira !, mêtro, Lulu Santos,e May east.

[b]Recentemente'
O álbum 'Eu Nunca Disse Adeus ' foi lançado em 2007 om uma sonoridade diferente, tanto melódica quanto vocal, onde Dinho Ouro Preto faz uso de seu timbre grave, não abusando dos gritos que permearam Gigante e o especial do Aborto Elétrico. Neste álbum vale destacar as faixas: "A Vida é Minha (E eu Faço o que eu Quiser)", "Eu e Minha Estupidez", "Aqui" e o primeiro single "Eu Nunca Disse Adeus".Neste mesmo ano venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria de melhor grupo.
Em 2008 lança o albúm ao vivo Multishow ao vivo: Capital inicial em Brasília para comemorar os 25 anos da carreira. O disco foi gravado em Brasília na Esplanada dos Ministérios no dia 21 de abril niversário de Brasília e contou com mais de um milhão de pessoas na plateia. Participaram do show s músicos convidados Robledo Silva e Fabiano carelli A primeira música de trabalho do álbum é "Algum Dia".

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Jota Quest


Tudo começou em 1993, quando o baixista PJ e o batera Paulinho Fonseca decidiram montar uma banda de black music. Eles acabaram conhecendo Márcio Buzelin (teclados e programações) e Marco Túlio Lara (guitarra). Só faltava um vocalista. Treze cantores foram testados até que os quatro aprovaram um: Rogério Flausino.
O grupo tocou durante dois anos na noite de Belo Horizonte em pequenas apresentações. Num dos primeiros shows, a casa perguntou o nome da banda para fazer os cartazes de divulgação e sem maiores explicações, Johnny Quest foi o nome escolhido, seguido pela abreviação J. Quest.
O primeiro CD saiu de maneira independente em 1995 e logo na seqüência, a gravadora Sony contratou o grupo. Abriram alguns shows para a conterrânea Skank, adquirindo experiência, e estrearam, enfim, em âmbito nacional, com um álbum auto-intitulado.

Com lançamento de J. Quest, logo vieram o reconhecimento e o sucesso. O grupo se utilizava da imagem e da sonoridade do funk e da black music dos anos 70, com influências de música pop e muito swing. As Dores do Mundo, Encontrar Alguém e Onibusfobia estouraram nas rádios de todo o país e o grupo passou a ser muito requisitado.
Em 1998, antes de lançarem o disco Planeta dos Macacos, a banda sofreu um processo, movido pela Hanna-Barbera, que detém a marca registrada da personagem Johnny Quest. Com isso, o nome da banda foi mudado para Jota Quest. O segundo trabalho
consolidou de vez os mineiros na cena musical brasileira, principalmente com a música-título e a balada Fácil, umas das faixas mais tocadas da época.
Em 2000, a banda lançou o CD Oxigênio, cheio de canções pop e com letras românticas. A novidade não foi aprovada por todos os fãs, mas o Jota Quest continuou figurando entre as principais bandas brasileiras.

Dois anos depois, retomaram o prestígio com o público, lançando Discotecagem Pop Variada. O carro-chefe desse trabalho foi o hit Na Moral, que levou o Jota Quest novamente ao topo das paradas. Com todo o clima favorável, lançaram um ao vivo produzido pela MTV, em CD e DVD. Gravado em Belo Horizonte, o material traz os dezoito maiores sucessos da carreira do grupo, cantados em coro por milhares de pessoas e ainda uma participação especial de Arnaldo Antunes e Thaíde.
Depois de Ao Vivo MTV, o grupo preparou um trabalho de inéditas e lançou, em 2005, o sexto CD Até Onde Vai, com destaque para a música Além do Horizonte, que já foi sucesso nas vozes de Roberto e Erasmo Carlos.

Cássia Eller


Carioca, morou em diversas cidades do Brasil acompanhando a família, pois o pai era militar. Decidiu ser cantora aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente. Mais tarde, em Brasília, participou de corais, trabalhou em um espetáculo ao lado de Oswaldo Montenegro, cantou em trio elétrico, estudou canto lírico. Em 1989 foi para São Paulo e começou a divulgar uma fita demo, com a música "Por Enquanto", de Renato Russo. Assinou contrato com a Polygram e lançou seu primeiro LP, "Cássia Eller", em 1990. Além de "Por Enquanto", o disco incluía, entre outras, "Eleanor Rigby", dos Beatles, e "O Dedo de Deus", de Arrigo Barnabé e Mário Manga. Em seguida fez shows com o guitarrista Victor Biglione, com repertório de blues, o que a deixou conhecida como cantora de blues e rock. Dois anos depois do primeiro veio o segundo disco, "O Marginal", que consolidou o timbre grave de sua voz. Entre as faixas do álbum, duas músicas de Jimi Hendrix ("If Six Was Nine" e "Hear My Train A Coming") e composições de Itamar Assumpção, Luiz Melodia e outros. Em 1994, o disco "Cássia Eller" mistura clássicos do rock brasileiro (Raul Seixas, Renato Russo, Herbert Vianna, Cazuza e Frejat) e versões para Ataulfo Alves e Djavan. Seu disco seguinte, "Veneno AntiMonotonia" (1997), foi dedicado a músicas de Cazuza, e em seguida lançou "Com Você... Meu Mundo Ficaria Mais Completo" (1999), com o hit "O Segundo Sol". O último disco, "Acústico MTV", beirava o meio milhão de cópias vendidas quando Cássia faleceu tragicamente aos 39 anos, no auge do sucesso.

Rita Lee


Paulistana descendente de americanos e italianos, estudou piano clássico com a professora Magdalena Tagliaferro mas logo abandonou a música erudita, passando a tocar bateria em festas do colégio durante a adolescência. Mais tarde aprendeu a tocar baixo, criou um conjunto vocal feminino e, em meados dos anos 60 conheceu os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, com quem formou um dos grupos mais importantes para o rock brasileiro, Os Mutantes.

Lançou um disco solo em 1970 ("Build Up"), mas permaneceu com Os Mutantes até o fim de 1972, quando se desligou permanentemente do grupo. Seguiu-se um período de reclusão, do qual saiu com a banda Tutti-Frutti, que gravou sucessos como "Ovelha Negra", "Agora Só Falta Você", "Esse Tal de Roque Enrow", "Miss Brasil 2000" e "Jardins da Babilônia". Em 1976, cumpriu um ano de prisão domiciliar por porte de maconha, gravando em seguida o compacto "Doce de Pimenta" com Elis Regina e participando da turnê e do disco "Refestança" com Gilberto Gil.

Depois de complicações com suas bandas passou a gravar com o marido, o guitarrista Roberto de Carvalho, e da união saíram grandes hits, como "Mania de Você" (79), "Lança Perfume" (80, "Saúde" (81), "Flagra" (82), "On The Rocks" (83), que apresentavam outra faceta da compositora Rita Lee, destacando-se ora como boa "popeira" ora como boa baladeira. Na década de 80 rumores sobre sua saúde abalaram a carreira da cantora, e problemas pessoais a mantiveram afastada dos palcos por algum tempo.

Voltou à cena em 1985 com "Rita e Roberto" e dois anos depois "Flerte Fatal" não foi bem-aceito pela crítica, o que desencadeou uma crise na dupla. Passou um tempo trabalhando em cinema e televisão, como atriz e apresentadora. Em 1990 teve ótima vendagem com seu CD "Bossa'n'Roll", acústico. Cinco anos depois fez o show de abertura dos Rolling Stones no Brasil. Em 1997 foi a homenageada do prêmio Sharp de música e lançou outros discos no fim da década de 90, excursionando por todo o Brasil. Outros de seus sucessos foram "Mamãe Natureza", "Menino Bonito", "Ando Jururú", "Arrombou a festa", "Baila Comigo", "Chega Mais", Cor-de-rosa Choque", "Desculpe o Auê", "Caso Sério", "Bwana" e "Orra Meu".

Em 1998 gravam o platinado "Acústico MTV", onde além de nova releitura de seus maiores sucessos, conta também com convidados especiais como Milton Nascimento, Titãs, Paula Toller e Cássia Eller. E em 2000, volta ao bom e velho rock'n'roll, lançando "3001", produzido por Roberto de Carvalho, que em novembro de 2001 é contemplado com o Grammy Latino na categoria "melhor disco de rock". Em janeiro de 2002, estreou a turnê do show "Yê Yê Yê de Bamba", baseada no disco "Aqui, Ali, em Qualquer Lugar", um disco de releituras bem autênticas de canções dos Beatles. A turnê percorreu todo o Brasil e alguns países da América Latina com grande sucesso.

Em outubro de 2003, Rita Lee lança 'Balacobaco'. O disco, produzido por Roberto de Carvalho, é composto por 11 faixas inéditas incluindo "Amor e Sexo", um hit radifônico, parceria da cantora com Roberto de Carvalho, e com o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor. Depois do bem-sucedido “Balacobaco”, Rita lança “MTV ao vivo”, com Roberto de Carvalho, assinando a produção e arranjos, além de sua presença nas guitarras e no vocal durante o show. Gravado em São Paulo, em agosto de 2004, pela EMI Music, o disco conta ainda com a presença de Pitty e Zélia Duncan, além de uma regravação de “Lucy In The Sky With Diamonds” e uma versão de “I Wanna Be Sedated” (“Eu quero ser sedado”), dos Ramones.

Los Ermanos


A radical mudança de sonoridade que ocorreu de "Los Hermanos" para "Bloco do Eu Sozinho" não significou apenas uma opção estética, significou também um novo rumo para nossa carreira; aos poucos tudo que havia sido conquistado com o primeiro disco se mostrou insuficiente para abarcar a nova realidade musical da banda. A extinta Abril Music se enrolava na tentativa de buscar caminhos para a divulgação do "Bloco" e aos poucos a falta de empenho dos departamentos não precisava mais de justificativas e em pouco mais de seis meses o disco já era considerado passado dentro da gravadora. O primeiro single "Todo Carnaval Tem Seu Fim" não tocou nas rádios como o esperado e já não havia interesse por parte dos executivos em tentar novamente com uma segunda música. A conturbada história da produção do disco vazou para a imprensa e deixou uma sensação ruim no mercado, de que éramos uma banda complicada e que nossas músicas não eram comerciais. Esse preconceito, que nossa própria gravadora se encarregou de criar, aliado a uma divulgação preguiçosa e desinteressada, ergueu uma barreira, quase que impenetrável, que nos impedia de fazer shows e de divulgar corretamente nosso disco. A sensação era de que o nome "Bloco do eu sozinho" serviria como uma fatídica previsão do que havia se transformado nossa carreira, estávamos realmente sem parceiros.

Apesar de todos esses indícios de que havíamos feito uma grande besteira lançando um disco diferente do que se esperava de nós ao invés de seguir a lógica do mercado, parecia incoerente acreditar que o "Bloco" era um disco difícil, para poucos. O que víamos nos shows eram pessoas cantando as músicas, todas, e emocionadas, e isso para nós é ser popular de verdade, afetar as pessoas. Paralelamente a isso a repercussão positiva do disco na imprensa crescia, havia um burburinho, seguíamos adiante, se não pelas grandes mídias, por onde era possível: de amigo pra amigo, de alguém que ouviu dizer, de alguém que foi em nosso site, de alguém que ouviu tocando numa loja e gostou. Aos poucos a banda da Anna Júlia, que todo mundo achava que sabia muito bem no que ia dar, se transformava numa grande incógnita, inclusive para nós mesmos. Não havia caminho seguro a ser trilhado, não havia exemplo a ser seguido, só nos restava acreditar na força de nossas músicas e seguir adiante, como fosse possível.

Mais ou menos nessa época resolvemos trocar de empresário e rever nossa estrutura de shows. Tivemos que ter humildade para reconhecer que nossas platéias agora eram menores, e voltar nas cidades para tocar em outras casas, para o público remanescente do primeiro disco e para um novo público, que aparecia vagarosamente a cada noite. Essa época foi praticamente como um re-começo. Tivemos que re-aprender a tocar em palcos pequenos e nos adaptar às condições nem sempre ideais de som, mas todas as dificuldades eram recompensadas quando víamos a alegria e a identificação nos rostos da platéia. E foram quase dois anos assim: tocando em casas pequenas, para 500 pessoas que valiam pelo dobro, no mínimo.

O que percebemos foi que se nosso público não era tão numeroso quanto antigamente, era muito mais fiel, e esse já era um grande passo para a construção do que esperamos de uma carreira. Muitos diziam que a banda havia cometido suicídio comercial, que renegava o sucesso, mas apesar dos "achismos" e do pessimismo, não podíamos estar melhores: os shows eram lotados e emocionantes e o "Bloco" estava em todas as listas de melhores discos do ano, e em outras como a dos 100 discos mais relevantes da MPB (feita pela Revista da MTV). De quebra conquistamos um honroso quarto lugar entre os 25 melhores discos de rock brasileiro na lista da Revista Zero. Também foram importantes o Luau MTV e o Ford Models, dois programas que fizeram muita gente mudar de opinião sobre a banda ou ao menos conhecer o novo disco.

Um ano e meio já havia se passado do lançamento do Bloco e novamente sentimos que estava na hora de lançar um disco. Havia material suficiente e, principalmente, havia necessidade de tocar outras músicas, e esse é sempre o maior dos estímulos. Novamente fomos para um sítio, dessa vez em Petrópolis, dessa vez com o apoio da Abril Music que, em algum momento dentro desses dois anos que se passaram, percebeu que era melhor considerar as decisões da banda e jogar a favor, porque todos nós no fim desejávamos a mesma coisa: vender discos. O Kassin, que já havia tocado baixo no "Bloco", foi uma escolha óbvia para produzir o disco. Foram dois meses de pré-produção que transcorreram sem grandes problemas, visto que a banda se encontrava num momento de muita serenidade. Um pouco depois de voltarmos do sítio recebemos a notícia de que a Abril Music havia falido. Na hora foi um choque pensar que, por estarmos momentaneamente sem gravadora, os planos de lançamento do disco poderiam ser adiados por tempo indeterminado. Alguns dias se passaram sem que tivéssemos notícias de como e quando esse disco sairia, mas decidimos que as gravações não seriam adiadas, até porque nada seria alterado por esse motivo. Já nos primeiros dias de gravação nos foi comunicado que a BMG havia comprado nosso catálogo, e que lá provavelmente seria nossa nova casa. Em três meses o disco estava pronto e mais uma vez havia uma grande especulação sobre que rumo seguiríamos, como seria o perfil do sucessor do "Bloco do Eu Sozinho"? Uns apostavam numa volta às bases, uma re-aproximação com o primeiro disco, outros apostavam numa continuação do "Bloco", o que surgiu foi Ventura e para mim, todas as apostas foram equivocadas.

Ventura primeiro se chamou Bonança, e foi nessa época que gravações de um ensaio vazaram na internet, transformando nosso disco no primeiro nacional a cair na rede antes do lançamento. Na verdade era só um ensaio, mas isso de certa forma nos mostrou como havia expectativa, como o disco era aguardado ansiosamente pela imprensa e pelos fãs. Algumas semanas depois Ventura estava oficialmente nas lojas e mais uma vez caímos na estrada. Logo nas primeiras semanas o coro das músicas novas era alto e nos levou a acreditar que dessa vez tudo seria muito mais fácil, e foi. As 500 pessoas dos shows pequenos se transformaram em 700, em 1000, 1500, 2000 pessoas. Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e até o próprio Rio foram algumas das cidades que nos deixaram sem palavras tamanha a generosidade do público. Casas lotadas, shows inesquecíveis, essa felizmente tem sido a nossa rotina. "
Cara Estranho" tem tocado bem em todo Brasil e gera novos shows.

Pra quem não sabe ventura significa sorte, boa ou má. É assumir que não se alcança satisfação que seja duradoura sem uma dose considerável de risco. Significa de acordo com o que se vê, e assim queremos nossa música. Um amigo sabiamente disse que um disco nada mais é do que uma fotografia de um determinado momento da carreira de uma banda. Na foto de "Ventura", o que se vê é a mesma vontade que havia em nossos discos anteriores, de se fazer música de acordo com o que somos, mesmo que no momento seguinte sejamos uma outra coisa, mesmo que pareça fora de sintonia com nossos contemporâneos. É uma grande responsabilidade saber que cada passo que damos, que cada disco que lançamos, fará parte de nossa história.

Não nos cabe dizer do que se trata cada música, qual é a história por detrás, não existe legenda ou certo e errado, as certezas, na verdade, são bem poucas. Tudo é apenas uma sugestão, como na capa. "Ventura" é sorte para quem quer ver, é fortuna para quem a espera. Nossas músicas seguem apenas o norte que aponta o coração e é por sabermos disso que novamente içamos nossas velas a espera de um vento favorável, um vento bom que nos leve adiante.